Viva Billy Blanco, compositor que faria 100 anos, pela obra repleta de bossas, leveza, sambas, sinfonias e verve!

  • 08/05/2024
(Foto: Reprodução)
♪ MEMÓRIA – “Uma canção tem a força de uma prece / Não haverá no mundo quem destrua / Morre o cantor e o canto permanece”, sentenciou Billy Blanco em versos de Canto livre, música composta no período da ditadura militar e lançada em disco somente em 1981. Sim, William Blanco de Abrunhosa Trindade (8 de maio de 1924 – 8 de julho de 2011) – cantor, compositor e músico paraense morto há 13 anos – permanece vivo através de músicas que ganharam projeção nos anos 1950 e 1960. Hoje Billy Blanco faria 100 anos. O centenário de nascimento do artista transcorre em silêncio, quebrado somente pelas homenagens de algumas rádios do governo e pelas lembranças em redes sociais de colegas como Joyce Moreno. Parceiro de Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) no samba Tereza da praia (1954) e na criação da Sinfonia do Rio de Janeiro (1954), apresentada há 70 anos, Billy Blanco ficou mais associado a sambas espirituosos como A banca do distinto (1959), Estatutos de gafieira (1954), Estatuto de boite (1956) e Pano legal (1956). Muitos sambas ganharam a voz de Dolores Duran (1930 – 1959), cantora que entendia a bossa do samba de Blanco, de quem foi namorada. Foi Dolores quem lançou em 1952 Outono, belo exemplo de como o compositor transitava bem pelo universo do samba-canção, depurando o melodrama do gênero, tal como ensinara um certo Dorival Caymmi (1914 – 2008) nos anos 1940. Nascido em Belém (PA), Billy Blanco pegou um ita no norte e veio para São Paulo (SP), cidade onde se formou em arquitetura após ter estudado engenharia. Em 1948, Blanco migrou para a cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde floresceu como compositor ao longo da década de 1950 em carreira iniciada com o Sexteto Billy Blanco. Capa do álbum 'Músicas de Billy Blanco na voz do próprio' (1966), de Billy Blanco Reprodução Cronista de versos leves como o cancioneiro que legou para a posteridade, o compositor tinha verve e habilidade para escrever letras coloquiais, mas jamais banais. Já o cantor se virava com a pouca voz que tinha. Parceiro de Baden Powell (1937 – 2000), com quem compôs Samba triste (1960), o artista lançou poucos discos. O primeiro álbum solo, Músicas de Billy Blanco na voz do próprio, saiu pela gravadora Elenco em 1966, quando o compositor já estava envolvido com a era dos festivais, plataforma na qual obteve moderada visibilidade. Em 1974, Blanco concluiu e apresentou a Sinfonia paulistana – Retrato de uma cidade. Duas décadas depois, na era do CD, em 1993, quando já estava fora dos holofotes, Billy Blanco lançou o álbum Guajará – Suíte do arco-íris com sinfonia em tributo à cidade natal de Belém (BA). O último álbum, A bossa de Billy Blanco, saiu em 2002 com repertório revisionista em que o cantor e intérpretes convidados rebobinaram músicas como Esperança perdida (Antonio Carlos Jobim e Billy Blanco, 1955), Praça Mauá (1955) e Viva meu samba (1958). Canções que permanecem vivas após a morte do artista, em decorrência de complicações de AVC sofrido em 2010. Entre sambas e sinfonias, o já centenário Billy Blanco deixou bela obra na música do Brasil.

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2024/05/08/viva-billy-blanco-compositor-que-faria-100-anos-pela-obra-repleta-de-bossas-leveza-sambas-sinfonias-e-verve.ghtml


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